Albert não era nenhum Einstein...

O diploma até veio, mas não adiantou grande coisa: o rapaz ficou dois anos sem arranjar um emprego decente. A fama de aluno relapso não o ajudou.

Formado em física e matemática pela Escola Politécnica de Zurique, na Suíça, o alemão não conseguia vaga de professor de jeito nenhum. “Abandonei completamente a ambição de algum dia trabalhar numa universidade”.

Um amigo o indicou para um emprego numa repartição pública suíça, o Escritório de Patentes, em Berna. O trabalho teria pouco a ver com ciência.

Ele assumiu a vaga de “Expert de Terceira Classe” em 1902, aos 22 anos. O trabalho dele era analisar calhamaços de especificações técnicas, comparando os projetos de quem requeria patentes com invenções que já estavam patenteadas.

Albert passou sete anos nessa repartição. Oito horas por dia, seis dias por semana. Mas foi de lá, da mesinha dele, que ele produziu boa parte de sua obra. Albert provou a existência dos átomos, fundou um pilar da física quântica que lhe rendeu um Nobel aos 42 anos. E a Teoria Especial da Relatividade.

Agora sim: Albert virava um Einstein. Tudo nos intervalos de um trabalho massacrante e escondido. Quando for reclamar da sua vida, vale lembrar do que Einstein fez com a dele.